16 Julho 2020
A Direção Nacional da ATARP esteve, esteve na passada sexta-feira, 10 de julho, reunida no Ministério de Saúde, com o Secretário de Estado, Dr. António Lacerda Sales.
A reunião, que durou cerca de 60 minutos, teve como ordem de trabalhos:
1. Pandemia por COVID-19
Foram partilhados dados relativos aos levantamentos levados a cabo pela ATARP bem como os resultados da plataforma #atarpcontracovid.
Foi ainda abordada a preparação para eventual segunda vaga da pandemia e preocupação com aumento do número de casos em grupos inicialmente não considerados de risco.
2. Rentabilização da capacidade instalada e redução de listas de espera
Foi reiterada a necessidade de reforço das condições de segurança para profissionais e doentes, garantindo a alocação de dois profissionais por equipamento, permitindo uma otimização e agilização dos procedimentos – sobretudo em equipamentos nobres - bem como a rentabilização do parque tecnológico instalado, e dentro do possível, o aumento e atualização do mesmo (nomeadamente equipamentos de Tomografia Computorizada, Ressonância Magnética, Tomografia por Emissão de Positrões (PET) e Aceleradores Lineares).
3. Acesso ao Processo Clínico
Reforçamos as seguintes premissas:
- Profissionais informados serão sem dúvida profissionais mais capazes, eficientes e competentes;
- A informação clínica e o acesso a ela é uma mais-valia para uma melhor e mais segura prestação de cuidados;
- O acesso ao Processo Clínico do doente permitirá visualizar, integrar, complementar dados de procedimentos anteriores, permitindo adequar/adaptar e até em última instância evitar duplicação de procedimentos e reduzindo ou eliminando a necessidade de exposição a radiação ionizante;
- Integrando equipas multidisciplinares, que como vários estudos e especialistas apontam, irão desempenhar um papel fundamental na avaliação das complicações da COVID-19 (respiratórias, cardíacas, neurológicas), pensamos ser importante o acesso ao processo clínico dos doentes;
- Ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, entendemos ser pertinente que Técnicos de Radiologia tenham informação da plataforma TraceCovid, integradas nas suas listas de trabalho, para mais uma vez, haver um reforço da segurança de todos os envolvidos.
Entendemos que deve ser criado um perfil de acesso para os Técnicos, que permita uma correta e adequada interpretação da condição clínica dos doentes.
4. Atualização de competências
Relembramos das competências já muito desatualizadas, uma vez que datam de 1993 (período pré-Licenciatura).
Neste momento uma larga maioria de profissionais possui Licenciatura (EQF 6), muitos já com Mestrado nas áreas de atuação (EQF 7) e alguns com Doutoramento (EQF 8) e as competências plasmadas na lei não refletem nem a formação académica nem as necessidades dos doentes e das equipas multidisciplinares.
Na questão específica da Proteção Radiológica reforçamos a importância do reconhecimento das competências dos profissionais, tal como atestado em parecer jurídico solicitado pela ATARP.
5. Regulação profissional
Afirmamos a urgência de uma solução para a questão das 3 cédulas profissionais, atualização de competências e novo perfil profissional.
A Direção da ATARP